Querer fazer as coisas certo e acabar fazendo errado, de tanto se esforçar.
Querer ser honesta e só se meter em enrosco por isso.
Querer fazer só o bem, querer só ver a felicidade estampada no rosto e justamente por isso causar muita dor.
Querer ser justa, querer ser mais de uma, querer ser uma pra tudo, querer ganhar do tempo (pilhéria, né?), querer, querer, querer... quais são os fins?
Quero dizer, é uma tamanha ânsia de fazer direito e não ser vilã que acaba se esquecendo de ser humana. E ser humana inclue magoar os outros por egoísmo.
Explico: egoísmo não é necessariamente algo tão ruim assim. Afinal de contas, sem egoísmo nos deixamos pra trás pelos outros. E isso tampouco é saudável.
E tem o egoísmo de fazer tão bem pros outros. Sim, sim. Porque fazendo tanto para felicitar e tornar os outros alegres o tempo todo o egoísta em questão está ganhando reputação, respeito, amor, consideração. Esse é o vício do egoísta altruista. Existe isso?
Mas e quando essa postura precisa chegar ao final? Digo, quando é que acaba essa responsabilidade de fazer os outros felizes? Porque é claro que acaba, isso esgota, querer agradar aos outros. Esse egoísmo altruista precisa acabar pra que o outro egoísmo entre. O egoísmo egoísta. O egoísmo que faz as pessoas ficarem totalmente aborrecidas, pensando que o egoísta é um monstro individualista, que não divide e não se interessa por nada que não ele mesmo.
Como fazer para equilibrar os egoísmos? Porque não dá pra viver sem nenhum dos dois. E também é tremendamente perigoso ser pego por apenas um.
Onde está o meio termo, Lilos? Como você vai fazer para chegar lá?
E quando entra amor na parada? Daí esculhamba tudo, porque dentro do coração de um egoísta também bate um coração (egoísta?). O que fazer quando um egoísta ama demais?
Papo de louco, esse.
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