Amém.
"Mondo Carno" é o nome que eu dei pra minha mente e, por associação, tudo que ela produz. Dúvidas?
domingo, 21 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
A Criação - Parte I
- Sabe, eu tava pensando...
- Hum?
- O que é que faz...
- Ah não, não mais uma piada daquelas "o que é , o que é", que a minha paciência já deu e...
- Não cabra, tô falando de outra coisa.
- Ah tá. Hum?
- Então, o que é que faz a gente acordar e tal?
- ... a falta de sono. Acabou, acorda. Não é assim com todo mundo?
- ... às vezes, falar com você me irrita. Pensa, critatura.
- Hum. Não sei.
- O que é que dá a vida, e também tira depois de um tempo? O que é que faz o vento soprar? O que é que move as marés? O que faz as árvores crescerem e tal?
- Ah... a vida. Não é?
- Não sei. Não te parece que o mundo é tão perfeito que alguém o criou?
- ... acho que não. Tem que ser muito cabra macho pra criar tudo isso.
- Mas você não acredita que alguém tenha sido cabra macho o suficiente?
- Não.
- Não?
- Não.
- Por que não?
- Porque não, ué.
- Mas todas as coisas são criadas por alguém.
- E quem você sugere que tenha criado todas as coisas?
- Eu não sei, é por isso que estou te perguntando.
- Você não pode simplesmente comer o seu prato de feijão e acabou? Tem que saber quem fez o feijão também?
- Não, quem fez o feijão foi você.
- Às vezes, falar com você me irrita.
- ...
- Mas tá bom, o que você quer dizer? Qual o nome que você daria pro cabra que fez tudo?
- Hum. Deusodato.
- Deusodato? Mas que nome feio da porra! Se você falar pras pessoas que foi um cara chamado Deusodato que criou tudo, ninguém vai acreditar em você.
- Quer dizer que eu posso fazer as pessoas acreditarem nisso?
- Você pode andar livremente, comer feijão e fazer perguntas idiotas durante o almoço?
- Sim.
- Então você também pode tentar convencer as pessoas de que alguém criou tudo.
- Eu não tinha pensado nisso.
- Claro que não, você está muito ocupado tentando descobrir quem faz você acordar todos os dias.
- Você acredita nisso?
- Não.
- Posso tentar te convencer?
- Não.
- Por quê?
- Porque você já sabe que eu não concordo com isso.
- Mas os outros eu não sei, então eu posso tentar convencê-los.
- O que você ganha com isso?
- Seguidores.
- Você quer seguidores?
- Seria legal.
- Então inventa o Twitter.
- Hum?
- O que é que faz...
- Ah não, não mais uma piada daquelas "o que é , o que é", que a minha paciência já deu e...
- Não cabra, tô falando de outra coisa.
- Ah tá. Hum?
- Então, o que é que faz a gente acordar e tal?
- ... a falta de sono. Acabou, acorda. Não é assim com todo mundo?
- ... às vezes, falar com você me irrita. Pensa, critatura.
- Hum. Não sei.
- O que é que dá a vida, e também tira depois de um tempo? O que é que faz o vento soprar? O que é que move as marés? O que faz as árvores crescerem e tal?
- Ah... a vida. Não é?
- Não sei. Não te parece que o mundo é tão perfeito que alguém o criou?
- ... acho que não. Tem que ser muito cabra macho pra criar tudo isso.
- Mas você não acredita que alguém tenha sido cabra macho o suficiente?
- Não.
- Não?
- Não.
- Por que não?
- Porque não, ué.
- Mas todas as coisas são criadas por alguém.
- E quem você sugere que tenha criado todas as coisas?
- Eu não sei, é por isso que estou te perguntando.
- Você não pode simplesmente comer o seu prato de feijão e acabou? Tem que saber quem fez o feijão também?
- Não, quem fez o feijão foi você.
- Às vezes, falar com você me irrita.
- ...
- Mas tá bom, o que você quer dizer? Qual o nome que você daria pro cabra que fez tudo?
- Hum. Deusodato.
- Deusodato? Mas que nome feio da porra! Se você falar pras pessoas que foi um cara chamado Deusodato que criou tudo, ninguém vai acreditar em você.
- Quer dizer que eu posso fazer as pessoas acreditarem nisso?
- Você pode andar livremente, comer feijão e fazer perguntas idiotas durante o almoço?
- Sim.
- Então você também pode tentar convencer as pessoas de que alguém criou tudo.
- Eu não tinha pensado nisso.
- Claro que não, você está muito ocupado tentando descobrir quem faz você acordar todos os dias.
- Você acredita nisso?
- Não.
- Posso tentar te convencer?
- Não.
- Por quê?
- Porque você já sabe que eu não concordo com isso.
- Mas os outros eu não sei, então eu posso tentar convencê-los.
- O que você ganha com isso?
- Seguidores.
- Você quer seguidores?
- Seria legal.
- Então inventa o Twitter.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Relevância?
Hoje me peguei procurando por parquinhos de diversão, desses simples. Sim, continuo assistindo "Carnivale", o que só aumenta meu desejo por um parquinho que tenha montanha russa, carrossel, carrinho de bate-bate, tiro ao alvo com espingarda de rolha, barraca de maçã do amor e algodão doce, talvez até uma roda-gigante! Mas me deparei com a triste realidade de que, parque de diversão em São Paulo, só se forem o Playcenter e o Hopi-Hari.
Sinto falta dos parques de diversões em que você não precisa pagar para entrar, paga na bilheteria para utilizar os serviços do parque e pronto, acabou, divirta-se. Não desisto facilmente e continuei a bravata, só para descobrir que NÃO EXISTEM MAIS PARQUES DE DIVERSÃO.
Claro, se eu for à praia vou encontrar um parque que atenda aos meus requisitos, mas para isso terei de ir à praia, o que não é uma má idéia, mas eu queria tanto encontrar um ao qual eu pudesse ir quando me dá na telha... eu trabalho, sabem?
Fliperamas? Puxa, essa palavra nem existe mais no vocabulário. Agora é Playland. Com a porra do Rad Mobile de sempre, as máquinas decadentes de caçar bichos de pelúcia que eu posso comprar por um real no Largo da Batata.
Daí parei para pensar que esses parques existiam quando eu era criança sim, mas eles foram engolidos pela massa cinzenta de shopping centers da cidade, é onde eles estão agora. Nada de roda gigante a céu aberto (não, eu não quero ir ao Playcenter), nada de cores e luzes. Tudo dentro de um bloco de concreto. E meus preciosos fliperamas viraram ponto de tráfico no centro da cidade. Os únicos.
Minhas fadas morreram. A modernidade tirou uma porrada de entretenimentos simples que antes eram comuns. A tal praticidade e etc. O estacionamento para mais de três mil carros. As lojas de departamento, cada vez mais artificiais e falsetas.
Eu detesto shopping. Já odiava o cheiro de escada rolante que eles emanam, esse cheiro horroroso de lugar fechado e higienizado sistematicamente para iludir a multidãoporca de que se trata de um lugar aprovado pela vigilância sanitária.
Eu sei, eu sei, menina romântica, o mundo não tem mais lugar para esses desejos simplórios. Se quiser ver alguma coisa rolante, será a escada do shopping mesmo, ou a porta giratória do banco (IUPII!!).
Minhas fadas morreram. UMA MACA, PELOAMORDEDEUS UMA MACA PARA MINHAS FADAS, TALVEZ ATÉ UM LANÇA PERFUME???
Tá, já deu. Vou encher a cara que eu ganho mais.
Sinto falta dos parques de diversões em que você não precisa pagar para entrar, paga na bilheteria para utilizar os serviços do parque e pronto, acabou, divirta-se. Não desisto facilmente e continuei a bravata, só para descobrir que NÃO EXISTEM MAIS PARQUES DE DIVERSÃO.
Claro, se eu for à praia vou encontrar um parque que atenda aos meus requisitos, mas para isso terei de ir à praia, o que não é uma má idéia, mas eu queria tanto encontrar um ao qual eu pudesse ir quando me dá na telha... eu trabalho, sabem?
Fliperamas? Puxa, essa palavra nem existe mais no vocabulário. Agora é Playland. Com a porra do Rad Mobile de sempre, as máquinas decadentes de caçar bichos de pelúcia que eu posso comprar por um real no Largo da Batata.
Daí parei para pensar que esses parques existiam quando eu era criança sim, mas eles foram engolidos pela massa cinzenta de shopping centers da cidade, é onde eles estão agora. Nada de roda gigante a céu aberto (não, eu não quero ir ao Playcenter), nada de cores e luzes. Tudo dentro de um bloco de concreto. E meus preciosos fliperamas viraram ponto de tráfico no centro da cidade. Os únicos.
Minhas fadas morreram. A modernidade tirou uma porrada de entretenimentos simples que antes eram comuns. A tal praticidade e etc. O estacionamento para mais de três mil carros. As lojas de departamento, cada vez mais artificiais e falsetas.
Eu detesto shopping. Já odiava o cheiro de escada rolante que eles emanam, esse cheiro horroroso de lugar fechado e higienizado sistematicamente para iludir a multidão
Eu sei, eu sei, menina romântica, o mundo não tem mais lugar para esses desejos simplórios. Se quiser ver alguma coisa rolante, será a escada do shopping mesmo, ou a porta giratória do banco (IUPII!!).
Minhas fadas morreram. UMA MACA, PELOAMORDEDEUS UMA MACA PARA MINHAS FADAS, TALVEZ ATÉ UM LANÇA PERFUME???
Tá, já deu. Vou encher a cara que eu ganho mais.
Ai,ai...
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Equilíbrio Alcançado
É só andar pra frente. Não é difícil. Primeiro o esquerdo, depois o direito e assim vai. Há quem diga que não dá, mas esses estão muito ocupados olhando pra trás.
Olhar pra frente é fundamental.
Pra você, que gosta de sair andando e alcançar o equilíbrio:
Olhar pra frente é fundamental.
Pra você, que gosta de sair andando e alcançar o equilíbrio:
"Eu achei isso..."
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Paranóias da Psiquiatria
Querer fazer as coisas certo e acabar fazendo errado, de tanto se esforçar.
Querer ser honesta e só se meter em enrosco por isso.
Querer fazer só o bem, querer só ver a felicidade estampada no rosto e justamente por isso causar muita dor.
Querer ser justa, querer ser mais de uma, querer ser uma pra tudo, querer ganhar do tempo (pilhéria, né?), querer, querer, querer... quais são os fins?
Quero dizer, é uma tamanha ânsia de fazer direito e não ser vilã que acaba se esquecendo de ser humana. E ser humana inclue magoar os outros por egoísmo.
Explico: egoísmo não é necessariamente algo tão ruim assim. Afinal de contas, sem egoísmo nos deixamos pra trás pelos outros. E isso tampouco é saudável.
E tem o egoísmo de fazer tão bem pros outros. Sim, sim. Porque fazendo tanto para felicitar e tornar os outros alegres o tempo todo o egoísta em questão está ganhando reputação, respeito, amor, consideração. Esse é o vício do egoísta altruista. Existe isso?
Mas e quando essa postura precisa chegar ao final? Digo, quando é que acaba essa responsabilidade de fazer os outros felizes? Porque é claro que acaba, isso esgota, querer agradar aos outros. Esse egoísmo altruista precisa acabar pra que o outro egoísmo entre. O egoísmo egoísta. O egoísmo que faz as pessoas ficarem totalmente aborrecidas, pensando que o egoísta é um monstro individualista, que não divide e não se interessa por nada que não ele mesmo.
Como fazer para equilibrar os egoísmos? Porque não dá pra viver sem nenhum dos dois. E também é tremendamente perigoso ser pego por apenas um.
Onde está o meio termo, Lilos? Como você vai fazer para chegar lá?
E quando entra amor na parada? Daí esculhamba tudo, porque dentro do coração de um egoísta também bate um coração (egoísta?). O que fazer quando um egoísta ama demais?
Papo de louco, esse.
Querer ser honesta e só se meter em enrosco por isso.
Querer fazer só o bem, querer só ver a felicidade estampada no rosto e justamente por isso causar muita dor.
Querer ser justa, querer ser mais de uma, querer ser uma pra tudo, querer ganhar do tempo (pilhéria, né?), querer, querer, querer... quais são os fins?
Quero dizer, é uma tamanha ânsia de fazer direito e não ser vilã que acaba se esquecendo de ser humana. E ser humana inclue magoar os outros por egoísmo.
Explico: egoísmo não é necessariamente algo tão ruim assim. Afinal de contas, sem egoísmo nos deixamos pra trás pelos outros. E isso tampouco é saudável.
E tem o egoísmo de fazer tão bem pros outros. Sim, sim. Porque fazendo tanto para felicitar e tornar os outros alegres o tempo todo o egoísta em questão está ganhando reputação, respeito, amor, consideração. Esse é o vício do egoísta altruista. Existe isso?
Mas e quando essa postura precisa chegar ao final? Digo, quando é que acaba essa responsabilidade de fazer os outros felizes? Porque é claro que acaba, isso esgota, querer agradar aos outros. Esse egoísmo altruista precisa acabar pra que o outro egoísmo entre. O egoísmo egoísta. O egoísmo que faz as pessoas ficarem totalmente aborrecidas, pensando que o egoísta é um monstro individualista, que não divide e não se interessa por nada que não ele mesmo.
Como fazer para equilibrar os egoísmos? Porque não dá pra viver sem nenhum dos dois. E também é tremendamente perigoso ser pego por apenas um.
Onde está o meio termo, Lilos? Como você vai fazer para chegar lá?
E quando entra amor na parada? Daí esculhamba tudo, porque dentro do coração de um egoísta também bate um coração (egoísta?). O que fazer quando um egoísta ama demais?
Papo de louco, esse.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Em Tempo Real
Em três anos minha vida mudou radicalmente. Com apenas minhas bolas imaginárias nas mãos eu mudei tudo quatro vezes - inclusive de endereço. Poucas mentes, poucos mundos resistem a essa freqüência de adaptações e readaptações.
Não foi caso do meu mundo, pelo menos. EU mudei muito nesses três anos.
Vamos escutar um jazz que tudo passa, amigos. Jazz e narguile, é tudo que um ser mundano precisa. Tá, jazz, narguile e uma boa cerveja.
Se pá um jóinte.
Não foi caso do meu mundo, pelo menos. EU mudei muito nesses três anos.
Vamos escutar um jazz que tudo passa, amigos. Jazz e narguile, é tudo que um ser mundano precisa. Tá, jazz, narguile e uma boa cerveja.
Se pá um jóinte.
Pálpebras Infinitas
As pálpebras infinitas são cor-de-laranja... as minhas são.
Elas têm vasinhos de vez em quando. Vasinhos vermelhos.
Minhas pálpebras infinitas, cor-de-laranja e com vasinhos vermelhos. Tão grandes em profundidade, meu único espaço, meu verdadeiro quarto, é tudo que vejo. São quentinhas no inverno e um bálsamo no verão. Meu mundo simplório, minha real companhia nas horas da solitude. Que levem minha moral, mas não levem minhas pálpebras...
Elas têm vasinhos de vez em quando. Vasinhos vermelhos.
Minhas pálpebras infinitas, cor-de-laranja e com vasinhos vermelhos. Tão grandes em profundidade, meu único espaço, meu verdadeiro quarto, é tudo que vejo. São quentinhas no inverno e um bálsamo no verão. Meu mundo simplório, minha real companhia nas horas da solitude. Que levem minha moral, mas não levem minhas pálpebras...
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